Esta campanha, que decorre durante o mês de agosto,
período em que as deslocações são mais frequentes e longas, assinala os locais
com maior concentração de acidentes mortais,
para que nesses locais a atenção e o cuidado na condução sejam redobrados.
Estes locais serão também divulgados através da plataforma de navegação Waze,
estando também disponível para outras plataformas que estejam interessadas em
divulgar.
1,5% da extensão da rede rodoviária nacional
concentra um terço dos acidentes das vítimas mortais
O
critério para identificar os locais com maior concentração de acidentes mortais
teve por base os trechos de via com demarcação quilométrica (Autoestradas,
Itinerários Principais, Itinerários Complementares e Estradas Nacionais) onde
se registaram pelo menos dois acidentes mortais com uma distância entre si
inferior a dois quilómetros, no período entre janeiro de 2018 e abril de 2023.
Como resultado foram
identificados 175 locais, que têm uma extensão acumulada de cerca de 325
quilómetros, representando 1,5% da rede rodoviária nacional onde se registaram
468 vítimas mortais, cerca de um terço (31%) do total de vítimas mortais
registadas no período referido (1.527), nas vias abrangidas pelo critério.
Metade da extensão da rede rodoviária com maior
concentração de acidentes mortais e metade das vítimas mortais registaram-se
nos distritos de Lisboa, Setúbal, Porto, Leiria e Aveiro
É nos distritos de Lisboa, Setúbal,
Porto, Leiria e Aveiro que se encontra metade da extensão da rede rodoviária
(164 quilómetros) com maior concentração de acidentes mortais, e onde, entre
janeiro de 2018 e abril de 2023, 232 pessoas perderam a vida (metade das
vítimas mortais nestes locais).
Lisboa
é o distrito onde se registaram mais vítimas mortais nos locais com maior
concentração de acidentes mortais (53 vítimas mortais), sendo o trecho da
marginal (EN6) entre a praia de Carcavelos e Cascais (km 11,2 ao km 18,5)
aquele que mais vítimas mortais registou, não só a nível distrital, mas também
a nível nacional: 12.
De seguida, temos o troço entre o km 20,9 e 29,8 da
EN4 no distrito de Setúbal que registou 8 vítimas mortais, e troço entre o km
217,4 e o km 211,2 da A1 no distrito de Aveiro que registou 7 vítimas mortais.
IC2, IC1, A1, EN125, EN18, EN4 e EN109 representam
um terço das vítimas mortais nos locais de
concentração de acidentes mortais
O
IC2, que atravessa os distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém e Lisboa,
é a estrada que tem o maior número de locais de concentração de acidentes
mortais – 13 – numa extensão acumulada de 24 quilómetros e onde se registaram,
no período em análise, 31 vítimas mortais.
A A1
tem 10 locais de
concentração de acidentes mortais distribuídos pelos distritos do Porto, Aveiro,
Santarém e Lisboa, numa extensão acumulada de 22 quilómetros e onde também 31 pessoas perderam a vida no mesmo
período.
O IC1 nos distritos de Beja e Setúbal registou 6 locais
de concentração de acidentes mortais, onde em 25 quilómetros morreram 20
pessoas.
Na EN125 também se registaram 6 locais de concentração de
acidentes mortais, onde 17 pessoas perderam a vida no período de referência,
numa extensão acumulada de 13 quilómetros.
A EN18, que atravessa os
distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja, também registou 6 locais
de concentração de acidentes mortais em 11 quilómetros, com 16 vítimas mortais.
A EN4 nos distritos de Setúbal,
Évora e Portalegre registou 18 vítimas mortais em 5 locais de concentração de acidentes
mortais, e a EN109 em Leiria e Coimbra, 16 vítimas mortais, distribuídas por 5 locais de concentração de acidentes
mortais.
No total estas 7 estradas
representam um terço dos locais de concentração de acidentes vítimas mortais, e
um terço das vítimas mortais, no período de referência.
Meios de divulgação da campanha
Com uma forte aposta na
comunicação direta com todos os que circulam nas estradas portuguesas, a
campanha “Dê prioridade à vida” é divulgada através de outdoors
em zonas urbanas e nas autoestradas, Itinerários Principais, Itinerários
Complementares e Estradas Nacionais, Painéis de Mensagem Variável nas redes
rodoviárias, para além da televisão, rádio regional e local e redes sociais, e
da divulgação nas redes sociais dos parceiros habituais.
Combater a Sinistralidade
Rodoviária e Dar Prioridade à Vida
Importa lembrar que a sinistralidade rodoviária é uma tragédia mundial: todos
os anos morrem 1,35 milhões de pessoas em todo o mundo. São 3.700 pessoas por
dia, 1 pessoa a cada 24 segundos. É a primeira causa de morte dos 5 aos 24
anos.
Em
Portugal, e apesar dos bons resultados obtidos nas últimas duas décadas, em
média perdem a vida nas estradas e ruas cerca de 600 pessoas, um número muito
longe do único aceitável: Zero mortes na estrada.
Depois
de um decréscimo verificado desde 2018, no primeiro semestre de 2023
verificou-se um aumento face a 2022, com índices equiparados a 2019.
Por
ano, o custo económico e social da sinistralidade rodoviária em Portugal atinge
os 6,4 mil milhões de euros, um valor que corresponde a cerca de 3,03% do PIB.
Mas
a sinistralidade rodoviária é muito mais do que números ou mera estatística. É
um fenómeno com um profundo impacto social que se reflete de forma dramática na
vida das pessoas.
O
combate à sinistralidade rodoviária é a prioridade da ANSR, mas este combate só
é vitorioso se os vários intervenientes do sistema, todos os utilizadores das
estradas e das ruas portuguesas e toda a sociedade assumirem o seu compromisso
e a sua responsabilidade nesta causa: Dar Prioridade à Vida e salvar
vidas.
Queremos
travar esta tragédia e Dar Prioridade à Vida. Queremos que ninguém perca
a vida na estrada e que consiga chegar ao seu destino de férias e regressar a
casa em segurança.
Materiais
da campanha disponíveis aqui
Mapas e listagem dos
locais disponíveis aqui