Factos & Mitos

Factos

Os acidentes são responsáveis pela maioria das mortes e lesões graves em crianças e jovens. Por este motivo, é fundamental adotar medidas e comportamentos que permitam evitá-los.
O ambiente rodoviário é aquele em que as crianças e jovens têm mais acidentes. Sempre que o utilizas, seja como peão, como passageiro ou como condutor/a de bicicleta, deves proteger-te, de forma a evitar fazeres parte destes números.
As passadeiras elevadas consistem em lombas combinadas com passagens para peões, que ficam niveladas com o passeio. São mais eficazes a proteger os peões porque aumentam a sua visibilidade e obrigam os carros a reduzir a sua velocidade. Facilitam ainda o atravessamento de carrinhos de criança, cadeiras de rodas, etc.
A velocidade a que os objetos são projetados, numa travagem ou num acidente, aumenta a sua força, fazendo com que embatam com um peso superior ao que na realidade têm. É por esta razão que é perigoso transportar objetos e bagagem à solta dentro de um carro. Uma criança de 40 kg que viaje à solta será projetada com um peso equivalente a 800 kg...
A força de embate /do choque num acidente de carro, a 45Km/h, provoca nas vítimas lesões semelhantes a uma queda de um 4º andar de um prédio.
Apesar de serem transportes públicos, todos os passageiros têm que usar cinto de segurança nos táxis (no banco da frente e no banco de trás), e nos autocarros que tenham cintos de segurança disponíveis.
Só a partir desta altura as crianças e jovens podem viajar apenas com o cinto de segurança. É muito importante regular a altura do encosto de cabeça do automóvel, para garantir que ampara a cabeça se houver uma travagem brusca ou um acidente. No entanto, se ainda for confortável, o banco elevatório, com ou sem costas, pode continuar a ser utilizado até mais tarde.

Mitos

Se um passageiro viajar à solta e acontecer um acidente ou uma travagem brusca, poderá embater na pessoa que conduz ou noutros passageiros. A força deste impacto pode provocar lesões muito graves nos outros ocupantes do veículo. Por esta razão, utilizar cinto de segurança é um direito mas também um dever de todas as pessoas, para evitar colocar em risco a vida dos outros.
A grande maioria dos acidentes podem ser evitados, se forem tomadas medidas de prevenção: por exemplo, não utilizar o telemóvel enquanto se anda a pé e se atravessa a estrada, ver e ouvir com atenção antes de atravessar ou respeitar a sinalização quando se conduz uma bicicleta. Mesmo quando os acidentes acontecem, as suas consequências podem ser menores, se as vítimas estiverem a utilizar equipamentos de proteção, como o cinto de segurança ou o capacete.
Os acidentes são causados por muitos fatores distintos, e podem ocorrer em qualquer percurso ou local. Por este motivo, mesmo em viagens curtas e em locais com pouco trânsito é essencial utilizar o cinto de segurança.
Existem sistemas de retenção para crianças e jovens de várias idades. Os bancos elevatórios são os indicados para crianças e jovens com altura até 1,35m, e evitam que o cinto de segurança do automóvel provoque lesões nos órgãos internos.
O cinto de segurança salva a vida de muitos passageiros, que não sobreviveriam se não o estivessem a usar. São raros os casos de pessoas cujo socorro foi dificultado por estarem a utilizar o cinto de segurança. Pelo contrário, são muito frequentes as mortes de pessoas que não o utilizavam.
Após um acidente, as vítimas podem ter lesões internas que não são visíveis no exterior, como fraturas na coluna ou ruturas de órgãos internos. Tentar movê-las pode agravar essas lesões, fazendo com que tenham consequências ainda mais graves. Para evitar isto, deve manter-se as vítimas no veículo sempre que possível e pedir ajuda, ligando 112. Os técnicos do INEM ou dos Bombeiros saberão como agir e dar-te-ão indicações, se necessário.
Falar ao telefone exige ao nosso cérebro um esforço de concentração, não só para escutar o que é dito, mas também para decidir o que dizer, dizê-lo e imaginar a pessoa com quem estamos a falar (e que não estamos a ver). Este esforço diminui a atenção disponível para outras ações e a nossa capacidade de tomar decisões acertadas em simultâneo. Por este motivo, é perigoso conduzir ou andar a pé enquanto falamos ao telemóvel, mesmo com o auricular.
Embora os carros devam parar nas passadeiras para ceder a passagem aos peões, em algumas circunstâncias isto não acontece, resultando em atropelamentos que são muito mais graves para os peões do que para as pessoas que conduzem. Por este motivo, quem vai atravessar deve proteger-se, parando, olhando e escutando com atenção antes de decidir atravessar.
Mesmo os/as condutores/as mais experientes podem ter acidentes, provocados por si ou por outros. É por este motivo que até os ciclistas profissionais usam capacete em todas as provas. Usar capacete é sinal de inteligência, e não de pouca experiência.
O álcool, mesmo em quantidades muito pequenas, afeta a capacidade de atenção e concentração, tão necessárias para conduzir em segurança. Muitos acidentes são provocados por pessoas que beberam bebidas alcoólicas, mesmo não estando embriagadas. Sempre que se conduzir, não se deve beber álcool.