O Seminário “Visão Zero 2030: A Estratégia de Segurança Rodoviária para a Construção de um Sistema Seguro” teve lugar hoje, dia 26 de janeiro de 2024, no hotel Hyatt Regency, em Lisboa.
A coordenação deste evento foi da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) em conjunto com o Centro Rodoferroviário Português (CRP) e contou com o apoio do Grupo Brisa.
Na Sessão de Abertura, deste evento que aconteceu no ano em que o CRP comemora 25 anos de existência, o seu Presidente, João Portela, enalteceu “a riqueza da diversidade dos associados e a dinâmica dos grupos de trabalho, impulsionada pela nova equipa de gestão”. Salientou, ainda, “a importância da Visão Zero 2030, que contribui para a mais nobre das nossas missões: Salvar Vidas”.
A Vice-Presidente da ANSR, Ana Tomaz apresentou a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária Visão Zero 2030, explicando os efeitos positivos da abordagem do Sistema Seguro. Consulte aqui a Apresentação.
Fred Wegman, da Universidade de Delft (Países Baixos), abordou o tema “Safe System Approach: a Promissing Approach for Reducing the Number of Road Casualities Considerably” (Abordagem de Sistema Seguro: uma abordagem promissora para reduzir consideravelmente o número de acidentes rodoviários). Durante a sua intervenção, o Professor destacou a importância da prevenção no desenho e gestão de um sistema seguro. Fez recomendações, com o foco nas “Infraestruturas”, sublinhando ainda, que é muito importante assegurar apoio político.
João Cardoso, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), falou sobre os “Fundamentos Técnico-Científicos para a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária Visão Zero 2030”, focando-se no sistema de gestão da segurança rodoviária.
Carlos Lopes, da Comissão Executiva Visão Zero 2030, apresentou o “Plano de Ação Visão 2030: Programas, Medidas e Compromissos”. O engenheiro referiu que a elaboração do plano bienal assentou em três fontes de informação: boas práticas internacionais, contributos recebidos e medidas do PENSE 2020 (que serão continuadas). Sublinhou ainda, que a proposta de Plano de Ação inclui 15 Programas (e 100 Medidas) que visam alcançar a abordagem do Sistema Seguro:
• Visão Zero Municípios
• Visão Zero nas Escolas
• Tratamento das Travessias Urbanas
• Separação de Sentidos nas vias rurais
• Tratamento da área adjacente
• Álcool e substâncias psicotrópicas
• Distração e Fadiga
• Resposta pós-acidente
• Fiscalização das Infraestruturas
• Investigação e Auditoria
• Desmaterialização e partilha de dados
• Legislação e documentação técnica
• Gestão de Velocidades
• Zonas de Acumulação de Acidentes
• Veículos de 2 rodas a motor
David Kollenhofer, da ASFINAG, desenvolveu o tema “Experience in Managing Highways and Expressways in Austria” (Experiência na gestão de rodovias e vias expressas na Áustria), partilhando a sua experiência na abordagem para aumentar a segurança rodoviária, em termos de equipamentos e inovações.
Ana Blanco, da Dirección General de Tráfico (Espanha), apresentou o “V-16 Connected Hazard Warning Device”. No contexto da abordagem do sistema seguro, este novo dispositivo luminoso e certificado permite sinalizar um veículo (sem sair do veículo, contrariamente à colocação do “triângulo de emergência”), emite avisos de emergência para o “Centro de Operações” e mensagens para os outros utilizadores e tem uma duração de 12 anos.
Teresa Zúniga Santo e Arnaldo Reis, do Grupo Brisa, durante as suas intervenções salientaram o alinhamento com as metas Visão Zero 2030, com o sistema seguro e a necessidade do comprometimento de todos. Foi também abordada a revisão do “Manual de Sinalização Temporária”, no sentido da redução da exposição ao risco.
Na Sessão de Encerramento, o Presidente da ANSR, Rui Ribeiro, destacou o grande envolvimento de todos na Visão Zero 2030, “estratégia universal e portuguesa”. Sublinhou, ainda, a importância do compromisso político, expressando votos de que esta Estratégia “seja rapidamente aprovada e colocada no terreno”.
A Sessão de Encerramento contou ainda com as intervenções de João Jesus Caetano (IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes), António Pires de Lima (Grupo Brisa), Arnaldo Figueiredo (Mota-Engil), Alexandra Barbosa (IP – Infraestruturas de Portugal) e Laura Caldeira (LNEC), que manifestaram o seu compromisso com a Visão Zero 2030.
Paulo Marques, da Cascais Próxima moderou os debates.
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